Difference between revisions of "Energy Access Stakeholder Workshop em Maputo"
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Energypedia em conjunto com o nosso parceiro, AMER organizou um evento presencial para o sector de acesso à energia em Moçambique. Este evento visava reunir o sector da energia fora da rede para discutir questões e oportunidades chave. Este evento foi impulsionado pela comunidade, ou seja, foi realizado um pré-evento para reunir a comunidade numa reunião on-line realizada a 1 de Novembro de 2022, onde tiveram a possibilidade de partilhar as suas opiniões sobre as necessidades do sector e propor os tópicos a serem discutidos durante o evento presencial. | Energypedia em conjunto com o nosso parceiro, AMER organizou um evento presencial para o sector de acesso à energia em Moçambique. Este evento visava reunir o sector da energia fora da rede para discutir questões e oportunidades chave. Este evento foi impulsionado pela comunidade, ou seja, foi realizado um pré-evento para reunir a comunidade numa reunião on-line realizada a 1 de Novembro de 2022, onde tiveram a possibilidade de partilhar as suas opiniões sobre as necessidades do sector e propor os tópicos a serem discutidos durante o evento presencial. |
Revision as of 12:29, 18 January 2023
Contexto
Energypedia em conjunto com o nosso parceiro, AMER organizou um evento presencial para o sector de acesso à energia em Moçambique. Este evento visava reunir o sector da energia fora da rede para discutir questões e oportunidades chave. Este evento foi impulsionado pela comunidade, ou seja, foi realizado um pré-evento para reunir a comunidade numa reunião on-line realizada a 1 de Novembro de 2022, onde tiveram a possibilidade de partilhar as suas opiniões sobre as necessidades do sector e propor os tópicos a serem discutidos durante o evento presencial.
O Workshop dos Intervenientes no Acesso à Energia, realizado a 8 de Novembro de 2022, teve no total 27 representantes do sector privado (tanto de tecnologias solares como de cozinha limpa), que foram divididos em três grupos de trabalho para discutir a utilização produtiva da energia, os mecanismos financeiros dos utilizadores finais, e as estratégias para chegar aos consumidores de última milha. Estes tópicos foram seleccionados com base nos resultados do inquérito de seminários realizados pela Energypedia e as perguntas orientadoras foram revistas pelos participantes durante a reunião em linha no dia 1 de Novembro.
Stakeholder Workshop
O Stakeholer Workshop começou com comentários bem-vindos de Energypedia, AMER e GBE. Seguiu-se uma breve apresentação da energypedia sobre o actual panorama do mercado para os sectores solar e da cozinha limpa. O objectivo da apresentação era fornecer informação actualizada e uma compreensão comum dos dois sectores, uma vez que tínhamos uma audiência de ambos. A Energypedia também mostrou o Centro de Conhecimento Fora da Rede de Moçambique e como os participantes podiam contribuir para o centro. Foram partilhados exemplos de estudos de casos de diferentes empresas para encorajar outras empresas a partilharem os seus e a juntarem-se ao centro. Durante a segunda parte do workshop, a audiência foi dividida em três grupos de trabalho para discutir os três tópicos. No final das mesas redondas, o representante de cada mesa redonda apresentou os resultados a toda a audiência.
Este artigo apresenta um resumo dos tópicos discutidos em cada mesa redonda.
Mesa Redonda 1: Utilização Produtiva de Energia (UPE) Em Moçambique
Moderação:
Ruben Morgado
Discussão:
Abuchamo Dário Maputo – GetInvest (Finaciador)
Samson Jangai – Sun Power (Fornecedor e Instalador)
Edvânia Ana Paulino D'Uamba – Logos Industrias (Fornecedor e Instalador)
Leusio Maungue – GIZ (Financiador)
João Paulo Zimba – Burn (Produtor de fogão Melhorado)
Charle Wilkinson – Arc Power (projectista e implementador)
Joaquim Magalhaes – Arc Power (projectista e implementador)
Cedrick Lemarie – Epilson Solar (Desenvolvedor)
Miguel Sottomayor – Membro de Regressão da AMER e consultor em Electrificação Rural
Ana Dionência Munguambe – Energypedia
Numa fase inicial, o moderador deu uma breve introdução da definição de UPE. UPE é hoje um conceito envolvido no mundo no processo de energia, por leaders do sector, financiadores e organizações da sociedade civil e muitos outros. Mas qual é o real significado da UPE? Infelizmente não existe uma definição clara do sector sobre o que é produtivo e oque não é produtivo.
A definição convencional do UPE pressupõe que não existem tecnologias adequadas para o uso de doméstico, comunitário, na saúde, educação, ou então o uso Consuptivo (Consumo), em suma, UPE são tecnologias usadas na Agricultura, Industria e comercio para geração de rendimentos, de bens e na prestação serviços. Mas, se a geração de rendimentos é um objectivo principal da UPE, novos dados emergentes no sector sugerem que muitas outras tecnologias deviam se qualificar.
Iluminação, que simplesmente podemos definir como acesso a electricidade pode ser usada na geração de rendimentos. Dados actuais que sustentam essa hipótese, como o recém reformatório 2018, Paulo in Oportunity da Gugla, afirma que o acesso a electricidade já permitiu um aumento na renda entre 35 USD por mês, aumento de renda para um terço dos seus clientes do SHS.
Nesse sentido, uma lâmpada que permite com que uma barraca fique por muito tempo aberta é um UPE? E a ventoinha que é usada para dar conforto nessa barraca é uma UPE? E um fogão melhorado? E um Forno?
Essas foram as questões lancadas aos constituintes da mesa redonda 1 pelo moderador com a intenção de se ter a definição da UPE.
Dário Maputo começou dizendo o seguinte, que devemos saber o limite entre auto consumo (consumo próprio) e o UPE, só assim teremos a definição do UPE, porque segundo ele a UPE tem a finalidade gerar renda/lucro e o auto consumo não mas que, ainda não existe uma definição exacta para esse conceito.
Por exemplo: uma lâmpada que se acende numa família- Auto consumo
Uma lâmpada numa barraca, gera dinheiro-UPE
Para o Cedrik não deve se separar o UPE do Auto-consumo, pois ambos os conceitos acabam desaguando para o mesmo objectivo.
A Burn também defende que a UPE é tudo que for usado para geração de renda. Consoante a explanação do Dario Maputo, que trouxe o conceito de auto consumo, surgiu a seguinte pergunta da Burn: Um consumidor que usa um sistema fotovoltaico a nível Industrial é considerado UPE ou auto consumo? E se é possível determinar a categoria/potência mínima para que um sistema seja considerado UPE?
Para Joaquim Magalhaes, UPE é o processo de produção, geração de renda, benefícios e geração de emprego.
O Miguel diz que o termo UPE surge apartir do uso de energia solar, com o objectivo de acabar com a pobreza e que vem para assumir a parte da sustentabilidade.
O Léusio, acrescenta que o UPE serve para distribuição da riqueza e que é termo que beneficia as pessoas directa ou indirectamente.
Apos a discussão do da definição do UPE, o moderador lançou a seguinte questão: Porquê falar da UPE e não SHS?
OS participantes deram a opinião de que fala-se do UPE para saber da questão dos licenciamentos, aumentar a produção de energia, criar desenvolvimento gradual que possa satisfazer as necessidades dos clientes, obedecendo uma cadeia de valores, desenhar o acesso a UPE, convencer o governo a fomentar o uso produtivo de energia, ver a escala de uso da energia.
Desafios do UPE
· Falta de subsídios/ investimentos para o sector
· Distinção das tecnologias usadas
· Falta de conhecimento técnico, empresarial e divulgação
· Falta de quadro regulatório
· Falta de qualidade tecnológica
Recomendações voltadas para AMER como associação no sector de energia renovável em Moçambique:
· Criar uma definição específica da UPE em Moçambique
· Pressionar a implementação da PIE
· Fomentar parcerias publico privadas e
· Promover o UPE.
· Investir nas estradas
· Investir nas infrastuturas
Mesa Redonda 2:
Moderação:
Erik Laborda
Discussão:
Taira Otédia Pene - FDC
Armando Mate - Platina
Luzerio Tivone - Syrex Sistemas
Micas Noa Cumbana - Mozcarbon
Israel Pernambuco - Agricoa COOP
Wambene Cavele - Solarworks!
Tevine Gregorio Eugenio - energypedia
Quais são os produtos e serviços vendidos pelas empresas na mesa redonda?
- Sistemas Solares Domésticos
- Sistema solar para irrigação e para uso produtivo em geral,
- Fogões de cozinha melhorados (carvão e lenha)
Quais são as opções de noivo oferecidas pela sua empresa?
- PAYGO - o cliente paga como pode, se se atrasar, a duração do seu contrato é prolongada
- pagamentos em atraso - pagamentos em atraso. Este sistema de pagamento é adequado para clientes com maior capacidade de pagamento no segmento high end.
- Sem desconexões - Pagamentos híbridos com várias opções, tais como: financiamento através de bancos/micro-financiamento, pagamento móvel
- serviços de tarifa fixa pagos em dinheiro a um preço subsidiado - presentes em empresas de cozinhas
- Oferecer incentivos financeiros aos clientes:
- RBF
- Créditos de carbono
- Prestações mensais
- Outros incentivos, tais como subsídios a empresas que distribuem equipamento de utilização produtiva aos utilizadores finais
(ENGIE-PAYGO, ARREARS (segmento High end); PLATINA Tend- prestações fixas, financiamento através de bancos e microfinanças; AGRECOA-Cash- descontos directos, Subvenção de doadores tais como FAZER; MOZCARBON- prestações mensais, 3 em zonas urbanas e 6-12 em zonas rurais, Crédito de Carbono, adiantam dois incentivos ao cliente (RBF e Créditos de Carbono); FUNDAÇÃO PRÁTICA-Subvenção a empresas que distribuem bombeamento solar ao utilizador final. (ajuda directa, parcela, RBF, CovidPlus, dinheiro))
Quais são os desafios que as empresas enfrentam relativamente às opções de financiamento?
- O pagamento por defeito
- Gestão da carteira de clientes
- Gestão de créditos para clientes PAYGO
- Custos de transacção e infra-estruturas a serem cobertos pela empresa
- Os clientes não podem suportar custos elevados de sistemas de utilização produtiva. - O apoio necessário dos bancos para oferecer financiamento e um modelo de negócio claro. Os doadores devem cobrir essas despesas com os bancos
- Lutar para gerir os empréstimos. Demasiados empréstimos são oferecidos a clientes PAYGO que não podem pagar.
- Grande dependência dos incentivos dos doadores
- Vandalismo e roubo de equipamento
- Desvio interno de dinheiro (agentes de campo)
- Falta de conhecimentos sobre os métodos de pagamento por parte dos clientes
- Baixa cobertura de sinal - falta de acesso ao dinheiro móvel.
- Desadequação entre o preço do produto e a capacidade de pagamento dos clientes
Recomendações
- Planos de pagamento únicos para todos os clientes PAYGO
- Melhorar a gestão interna da empresa
- Desenvolvimento de capacidades dos agentes
- Cooperação com Mpesa, E-mola ou outras entidades de dinheiro móvel
- Melhor educação para os clientes
- pagamentos
- contratos
- produto
- tecnologia
- Os sistemas de utilização produtiva têm preços mais elevados para os clientes. Sugere-se que os doadores se envolvam com bancos e instituições de microcrédito para cobrir custos elevados para os clientes
O que seria uma opção de financiamento ideal?
Devido à falta de capacidade do cliente para pagar os produtos, e também aos riscos que as empresas correm ao tentarem vender os seus produtos, é opinião mútua que o banco deveria estar envolvido como uma espécie de Seguradora, e então, claro, a opção de financiamento ideal seria aquela em que os Doadores, o Banco e as Empresas estão envolvidos, porque trabalhar a 3 ganha mais. E para certos casos particulares, como para a PLATINA Ltd, a Microfinança também seria uma opção.
Mesa Redonda 3:
Moderação:
Xan García
Discussão:
Florencia Saide - Sogepal
Aime Sozinho – Sun Power Engineering
Aldina Sindique – Carbonsink
Gervasio Mavengue – GIZ
Jeppe Lorenzen – Blue Zone
Sofia Nazareth – Ignite
Sheila Bila – AMER
Azeite Chaleca – Engie Energy Access
Stela Miambo – energypedia
Charles Nhalungo – energypedia
Estratégias de venda:
- Força de vendas comissionada (vendedores e promotores)
- Vendas fora de loja através de redes de distribuição internas (Ignite/Sogepal)
- Linhas de clientes em cidades e zonas rurais
- Cooperação com as autoridades locais para promover os produtos
- Página Web e meios de comunicação social para pesquisa de projectos
- Grossistas: consignação/comissão
Marketing:
- Vendedores porta-a-porta
- As exposições itinerantes não são muito comuns, devido aos custos elevados
- Rádio comunitária / rádio nacional
- Gestão de uma linha de clientes (clientes existentes)
- Manifestações em comunidades (Carbonsink)
- Participação em feiras comerciais
- Rede social/ Meios de comunicação social (Sunpower)
Pós-venda:
- Warrantees - assistência técnica
- Call-centers - descentralizados (Ignite)
- E-waste (Ignite exporta sistemas danificados)
Desafios e oportunidades de melhoria:
- Distribuidores: consignação/comissão em alto risco, despesas elevadas
- Reposição: as revendas não são subsidiadas - é necessário o apoio de organizações
- Manter o contacto com os clientes
- Lidar com o e-waste
- Roubo
- Formas de pagamento
- Perfis de clientes